Entervista à Agente da PSP Idalina Pereira

21-11-2008 18:00

 

O nosso grupo elaborou um conjunto de perguntas relacionadas com o tema para serem retorquidas por membros da PSP, que estão dentro do assunto, com intuito de nos esclarecer e engrandecer os procedimentos da resolução deste crime.

Esta entrevista foi executada por dois membros do nosso grupo, (Carolina Freitas e Mécia Barros), que se deslocaram até à PSP de Santa Cruz para entrevistar a Agente Idalina Pereira.

Após ouvirmos e analisarmos atentamente as respostas dadas, elaboramos uma pequena dissertação, em que concluímos que: o Tráfico Humano na região é um crime pouco, ou quase nunca realizado, ao contrário do que acontece noutros países.

A PSP de Santa Cruz lidou com situações de trabalhadores imigrantes ilegais, e com casos de prostituição (brasileiras ou de Leste), devido à inexistência de vistos de permanência (contratos de trabalho, ausência de documentação para se legalizar e trabalhar no país).

Numa das questões colocadas à Agente, verificamos que a PSP tem conhecimento destes casos através de desordens, acidentes de trabalho ou mesmo em flagrante delito. Seguidamente transportam as pessoas para a esquadra, elaboram uma participação, e depois contactam com o SEF (Serviços Estrangeiros e Fronteiras). Em condições mais complicadas, se o indivíduo tem um mandato de captura internacional, este tem que ser obrigatoriamente detido, e a PSP volta a contactar com o SEF, e depois este contacta a INTERPOL (Organização Policial Internacional).

Em Câmara de Lobos foi participado um caso de rapto de uma criança de 10 anos de idade, por uma rede de pedófilos, em que ainda hoje não apareceu. A Agente deu-nos a conhecer que a pena para estes criminosos são de 4 a 5 anos (“vergonhoso” diz a Agente com ar arrufado, inconformado com a Lei Portuguesa). Esta defende que a pena para estes “malvados” deveria ser muito mais pesada, na medida em que estes destroem fisicamente e psicologicamente as vítimas, causando danos extremamente gravíssimos para o futuro.

Concluindo a nossa entrevista, a Agente Pereira proferiu ainda que muitas das vezes, são pessoas com bom nível económico que entram nestas redes de tráfico, para ganharem ainda mais dinheiro, e para ficarem livres de impostos. Relativamente às vítimas, causa vícios (droga, álcool), ansiedade, stress que têm que ser ajudados por um psicólogo ou mesmo psiquiatra aquando libertarem-se da rede de tráfico.

—————

Voltar